Eu acredito no jornalismo

O mundo de hoje tá podre. E é por culpa das pessoas. As pessoas emporcalham, a mídia enaltece, as pessoas gostam e seguem emporcalhando.

Estou concluindo nas próximas semanas o 4º semestre do curso de Jornalismo. Isso significa que estou ingressando na segunda metade [e consequentemente última] daquilo que eu quero pra mim.

Terei que trabalhar muito. Não tenho medo disso. Mas confesso que a porquisse em que estou me metendo assusta. Não sei o quanto serei capaz de limpar o espaço.

Ontem no trem eu e meu namorado discutíamos a respeito disso. Aquele momento em que a política é podre, o futebol é uma merda e a profissão escolhida não dá tanto futuro assim. E eis que ele me disse (talvez na intenção única de me animar):

"Mas quem sabe tu não monta uma nova linha de noticiar e inova, faz diferente."


Como sempre pensando que a maioria dos adolescentes que ingressam em tal curso QUEREM MUDAR O MUNDO E FAZER DIFERENTE, e não conseguem acabei respondende impensavelmente.

"Só se for pra acabar morta em algum beco de Porto Alegre"

Daí me dei conta do meu pessimismo. Refleti muito e cheguei a conclusão que todas as profissões tem altos e baixos. A minha não podia ser diferente. Minha primeira barreira foi quebrada quando em meio a uma família altamente nerd e cheia de gente envolvida com cálculos. E eu fazendo comunicação.

Mas eu não vim até aqui pra desistir agora...

Pesquisando sobre o caso Eloá e sensacionalismo para um trabalho da cadeira de ética me deparei com um blog. Devidamente creditado irei publicar um texto que me chamou atenção.

PS.: Independentemente do que você faça, seja ético. Eu já vi TEXTO MEU publicado sem devidos créditos. Isso até crime é sabia!?


"Eu jamais tive uma visão romântica do jornalismo e muito menos dura demais da realidade. Conheço desde o inicio, os problemas com a justiça, os órgãos de imprensa de diversas ideologias e as desventuras salariais de quem está no mercado. Claro que consigo sonhar, mas tenho os pés no chão e acredito que o jornalismo ainda é a melhor profissão do mundo. Jornalismo é exposição de um contexto social, nunca irá por a verdade "nua e crua", e sim moldada de acordo com o "gatekeeper" ou de quem paga o seu salário. Mesmo assim, me encanta a profissão de repórter como nenhuma outra, é tão instigante mostrar a alguns, a importância dos outros. É mostrar a um alemão, que uma criança morta na África pode ter relação direta com o governo que ele escolheu e fazê-lo pensar.

Quando chegarei a perfeição que quero e dos muitos outros que admiro? Não sei, e me pergunto diariamente o dia que isso irá acontecer. Entretanto, eu me permito abaixar a cabeça para as críticas sobre os erros gramaticais e os textos incoerentes, pois sou consciente de que jornalista não dialoga sozinho. Ele precisa do público, e é ele quem o sabe julgar muito bem. È por isso que me transformei numa blogueira, e expor o que escrevo me anima, já que a resposta é imediata e através da web qualquer um pode ler e criticar. Assim, me sinto mais próxima da realidade tão sonhada, em ter meu trabalho respeitado e útil para a sociedade. Pois, o jornalista deve pensar primeiro em ser prestar um bom serviço aos outros, e depois provocar o debate a cerca daquilo que realmente incomoda, ao menos, a maioria da população que acompanha um noticiário."