o futuro nos pertence

Esse final de semana passei por uma experiência no mínimo interessante: a conferencia estadual da juventude.
Nossa, fico até arrepiada de lembrar. Mais emocionante que final de campeonato mundial de futebol, me senti em 1968. indo pras ruas pedir liberdade de expressão.
Sabe o que mais me emocionou...A cantoria que dizia. DA JUVENTUDE NÃO ABRO MÃO!!!EU VOU PRA RUA LUTAR PELA EDUCAÇÃO!!!

Quando vemos um lugar lotado, com mais do que jovens, com ideiais a flor da pele e vontade de mudar... O questionamento sobre a hipocrisia feito no post passado perde o sentido. Afinal de contas, ainda é pouco, mas já alguma coisa.

Avante à Brasília! Mostrar que temos voz, eu nós jovens temos consciencia política!!!
Avante à Brasília! Mostrar pra eles que nós temos ideologia independente de partido político!

Enfim...

"Se o Presente é de Luta, o Futuro nos Pertence"
(Che Guevara)

Futuro hipócrita da nação

Ontem assisti à um filme que me chamou atenção. Proibido Proibir é uma produção Brasileira do mesmo ano de Tropa de Elite.Talvez menos divulgado, mas com a mesma reflexão sobre o caos que nosso pais anda em termos de violência.
Uma coisa completamente banal. Infelizmente foi isso que nós, o sistema, o governo e tudo o mais fizemos com a violêcia. Ela está nos mínimos detalhes,tá na nossa moral, e muitas vezes até infliltrada na nossa conduta.
No longa, jovens universitários que levam sua vida, fazem suas festas, bebem sua cervejinha, fumam seu baseadinho de vez enquando. Enfim, universitários que reclamam da vida, e têm seus problemas como qualquer um.
Ao terem o passaporte assinado para a realidade da favela carioca, os 3 adolescentes protagonistas mudam sua visão. Querem fazer algo para ajudar. Dá para esquecer os nossos problemas, pequenos perto na realidade social do nosso país, no entanto, esquecer a morte fria é impossível.
Não é minha intenção contar o filme, e sim recomendar que assitam-no pois é muito bom. E, como Tropa de Elite, é meio sinistro. Essa foi uma atividade promovida pela disciplina de ética. Logo, deparei-me com uma roda de discussão. A conclusão de todos:"é inútil tentar fazer alguma coisa, somos tão pequenos que não conseguiremos arrumar o caos".
Admito que meu pensamento foi comum ao de todos, ousei comentar que "éramos hipócritas em sentarmos numa sala de aula com ar-condicionado, de uma universidade paga,para dali concluir que não há mais nada a ser feito".
Após esse pensamento, percebi o quanto eu fui hipócrita, ou melhor, o quanto a minha idéia é hipócrita.É desempolgante olhar filmes que mais do que carinhas bonitas, mostrem uma realidade que mesmo fugindo do nosso meio social é a do nosso país. Porém, não se podem deixar que isso nos desanime.
A curto prazo não acredito em mudança. Porém, "somos os filhos da revolução, somos burgueses sem religião... NÓS SOMOS O FUTURO DA NAÇÃO". Pombas! Ficar parado é que não dá. Ainda não sei o que fazer, mas convido a iniciarmos uma reflexão. É demagogia demais somente limpar a pipoca do chão e levantar do sofá reclamando "que país é esse?"!!!

Ressuscitar, renovar, rima com mudar.

Mais um feriado. Bom para descansar, e foi o que eu fiz. Ainda que eu tenha largado a doutrina católica, sou uma Cristã devota. E, como tal tenho certa intolerância para com as pessoas (a maioria pode-se dizer) que vivem o feriado sem a reflexão mínima a respeito do significado dos dias de descanso.
Páscoa pra mim é uma oportunidade maravilhosa de recomeçar. Mais eficaz que o ano novo se quer saber. No réveillon vestimos branco, prometemos céus e terra e acordamos iguais no outro dia. Nossa vida seria um saco se não fosse nossa capacidade de transformação, e para isso, existe a páscoa.
É mais do que prometer mudar. É poder matar o que não esta bom, enterrar, botar uma pedra em cima e assim ressurgir, renovar. Sou uma adepta completa da mudança. Quem me conhece, sabe que vivo em torno da frase de que é preciso renovar sempre nossas filosofias sem alterar nossos princípios.
E é assim que eu sempre viajo para o interior na páscoa. Lá no interior do meu ser onde ninguém me encontra. Lá eu posso me sentar e jogar fora tudo o que eu não quero mais, tudo que já passou do tempo, que perdeu a validade. Tudo que um dia fez parte da história, mas que um registro na memória já e suficiente.
É o período em que meu quarto fica mais bonito, e mais parecido com o eu que renovo juntamente com o ressuscitar de Cristo.

O que eu digo, eu tento fazer.

Sabe aquele velho cliche, "faça o que eu digo, não o que eu faço"? Cada vez mais reflito sobre a facilidade que temos em falar as coisas.
E o quão dificil é tornar real. Para termos um objetivo basta imaginação, criatividade e um pouquinho de vontade de sonhar. Para se chegar ao objetivo é preciso coragem, determinação, força, ousadia... E isso cansa!
Somos uns acomodados! E isso nos faz não progredir, ou progredir aquém do que poderíamos.
É triste viver assim. E a tristeza é frustrante, mais do que não sonhar, não realizar nossos sonhos é frustrante.
Não tenho dom para auto-ajuda. Tão pouco me acho exemplo nesse assunto, afinal, como psicologa dou uma bela jornalista. Mas ainda assim acho importante ressaltar mais uma vez! Lute, e corra pois o mundo atual não tá fácil e pertence àqueles que tem coragem de progredir (mesmo que o processo comece mal e lento)!

Faça o que eu digo! E tenha certeza que eu também estarei tentando fazer!

A trilha sonora da saudade.

Hoje acordei nostalgica. Ou melhor, não acordei. Mas a manhã me deixou assim. Tudo começou com a prova de estágio que enfrentarei amanhã. Confesso que a incrível marca de 47 pessoas concorrendo a uma vaga de repórter me assustou.
Infelizmente eu já não sou mais uma criança, e não dá pra correr pro colo da mãe, ou inventar dor de barriga e fazer prova no outro dia. A vida adulta é um caminho sem volta. Ainda que eu insista em brincar de ser "gente pequena" não passa de um ato lúdico. A realidade sempre volta e assombra.
Músicas, elas são as culpadas pela minha nostalgia interlaçada com um saudosismo. Lembrar de canções que significaram um momento. Uma fase da vida.
Ontem de madrugada vi entre as comunidades do orkut de uma amiga minha: "Vamos fugir daqui" e a descrição: "Nós dois correndo, morrendo de rir..Dane-se o mundo ao nosso redor"
Tenho certeza que a minha amiga não sabe o que é Darvin¹. Mas eu sei. E pra mim não soa somente como uma frase bonita, mas também como uma época em que eu fiz muitas análises,
entre elas, a dos postes de luz².
Durante a manhã a lembranças de músicas que marcaram o meu primeiro amor, o meu primeiro namorado, minha primeira decepção...Apareceram em seqüência e fizeram um terremoto de memórias borbulhar no meu cérebro. E daí vem aquela dorzinha que consegue ser boa.
É inevitável sentir saudades do que se viveu. Afinal, são os momentos que compõe a nossa história. E, toda história que se prese tem uma trilha sonora.
(por favor, faça da sua vida algo mais profundo a ponto de o "Creu" não significar nada além de uma modinha que será esquecida... [Amém])

¹Banda que canta a música "Apague a luz" que originou tal comunidade.

²Teoria dos postes de luz(adap.): "Os postes somente possuem luz porque estão interligados. E mesmo separados, podemos seguir seus fios que veremos que todos convergem para um mesmo lugar."(GIBRAN/SCHUCH - 2006)

A fantasia de ser louca

Nesse final de semana passei por uma experiencia legal:Participei de uma festa à Fantasia. Nunca tinha ido a uma em que as pessoas de fato se empenhavam em procurar um disfarce.
Nessa aconteceu.
Por algumas horas fui uma pirata. E confesso que foi divertido.
O mais interessante, entretanto, é a sensação que o disfarce te proporciona. Ser a pirata, e não a Gabriela, ser diferente, fugir de mim, e assim perder o medo do rídiculo.
As vezes precisamos nos desviar do óbvio, do bonito, e principalmente do real. A felicidade está separada por uma linha tenue da loucura.
Minha fantasia serviu para isso. Consciente de que a realidade é preciso e que mais do que isso é necessário,ainda assim gostei da sensação de por um certo tempo não ter que me preocupar com a Gabriela.
Amo a vida real, mas sei que é preciso sonhar e fugir as vezes para que a mesma continue com sentido.Tudo que é extremamente linear acaba chato.

A acetona e a vida.

Na quinta-feira cheguei mais cedo do trabalho e decidi fazer minhas unhas. Para fazer algo novo,
é preciso limpar o velho. Se pintar por cima dá merda. É assim na unha, é assim na vida.

Lá foi eu então pegar acetona para remover o lixo do esmalte anterior. Tinha só um pouquinho. Mas eu pensei:"vai dar".
Existe uma diferença entre ser persistente e ser teimoso. O segundo geralmente ao pensar que "vai dá" acaba quebrando a cara.

Aula rápida de química. Acetona é volátil. Logo, não deu outra na 4ª unha eu não tinha mais o líquido precioso.
E, tinha outras 6 unhas. Quando insistimos naquilo que não dá, o resultado acaba sendo o pior. Aquela velha frase da emenda pior que o soneto.

Nesse estágio passar trabalho é fato.O que eu esfreguei os dedos pela última gota da acetona não foi pouco.

Eu juro que procurei acetona pela casa. Até no banheiro da mãe, afinal mãe sempre salva. Nem lá eu achei.Nunca achamos aquilo que estamos procurando.

Ao final, quando já tinha desistido. Fui olhar denovo na caixinha de esmaltes. E lá estava ela, rindo pra mim. Acho que surgiu do nada, porque antes não estava lá.

Moral da história: reparou em como qualquer fato cotidiano pode ser relacionado com a vida?
Caso não concorde comigo, não deixe faltar acetona em casa e já tá bom.