Como nossos pais

Ontem fui “de penetra” a um encontro de 30 anos de formatura de ensino médio de uma turma. Não pude deixar de pensar como será que eu vou estar com os meus colegas depois de todo esse tempo. Mas o que mais me chamou atenção foi o que foi dito por um deles sobre a chuva de informações que recebemos hoje em dia.

Muita notícia, muita notinha no jornal, muito link na internet. Lemos sobre tudo e sabemos sobre o que? Muito sábio aquele que lembrou que nem sempre tínhamos tanto acesso. E que isso nos fazia buscar mais.

De tão rodeados de excesso acabamos carentes. De um abraço, de um toque sincero. Ou de uma simples conversa sem se preocupar em ser bem informado ou não. Jogar as palavras no vento, ter devaneios e crises (de riso e choro). Ser alguém que não tem medo de errar.

E sem esse medo, eles há 30 anos com certeza acertavam mais que nós. E a prova está diante dos nossos olhos. Em cada página virada que é reflexo do passado.

Talvez por isso ainda temos determinados gostos e filosofias tão baseados naquilo que os nossos pais viveram por nós.

“Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que 'eu tô por fora, ou então que eu tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos”

3 comentários:

Juliana.... disse...

Sinceramente? Queria ter vivido na época deles, acho que mesmo tendo um pouco menos de informação eles viviam melhor. Sabiam viver, coisa que nós, com internet, TV a cabo e mais 300 mil coisas, não sabemos.
Espero chegar com 50 anos e ser pelo menos a metade que os meus pais são.

Beeeijos, Gabi.

P.S.:Noticias atualizado.

MH disse...

OLha, apesar dos meus 39 anos (com corpinho de18, obvio), eu adoro toda a tecnologia e modernidade de hoje em dia. Acho que a avalanche de informações que temos hj é fantastica. O ruim é o uso que fazemos dela...o ruim é qdo deixamos a vida ficar mais fria, mais automatica...ai da saudade de épocas passadas.

Porem, eu jamis iria num desses encontros de 30 anos de faculdade. Jesus..ia me dar um trauma escontrar os amigos gordinhos, carecas e de bigode
hehehe

beijos

Raquel disse...

Bah, concordo com a Jujuba. Queria ter vivido nesses mesmos tempos áureos. Hoje vivemos cercados de números, e somos mais um deles. É terrível saber que não passamos de uma pequena partícula que se movimenta com o sistema.
É claro que esse excesso d einformações tem seu lado bom. Mas seria melhor se soubéssemos treinar nossa inteligência para assimilar tudo isso.

:*

P.S.: Daqui a 30 anos estarei com livros publicados junto com o Luan, teremos filhos lindo e nós duas seremos parentes. Afinal, nossos filhos casarão hahahaha