O dia em que descori que te amo

Não estava ensolarado. Tampouco era dia. Não foi ao final de um abraço ou após ter recebido flores. Eu já havia percebido o quão bom era teu beijo, o quão confortante era teu carinho.

Já tinha me dado conta que meu coração pulsava rápido ao receber um telefonema, e que minhas pernas tremiam perto de ti. Sabia que ficar nervosa perante o fato de te ver era inevitável.

E foi no dia em que tu não estavas perto de mim. No dia em que eu não podia gritar ao mundo que tu eras meu e te beijar até que o sol voltasse à cena.

No dia em que tudo deveria ser extremamente divertido, foi sem-graça. A noite tinha tudo pra ser colorida. Luz, música, amigos. No entanto foi escura. A partir do momento que tu não estavas ali pra me tirar pra dançar que eu percebi que mais do que necessário, teu abrigo já fazia parte de mim e que não importa onde estivesse ou o que fizesse. Sem ti, não faria sentido.

Cada beijo demorado, cada abraço, carinho, torpedo, quindim. Cada vontade de fugir comigo expressa no teu sorriso, cada flor trazida e cada colocada em meu cabelo. O teu amor superou a intensidade, e essa veio a superar o tempo.

E foi então que implorei com todas as minhas forças que o dia voltasse e que com ele tu voltasse sorrindo pra mim. Foi então que eu havia caído lentamente da rede a qual fugia. A partir dessa noite, os dias passaram a ter mais sentindo, pois foi quando fiz a minha descoberta.

Descobri que te amo.

(escrito em outubro de 2008, e feito em homenagem ao meu namorado. que me conquistou de forma lenta, que me trouxe um colorido novo e que me mostrou que amar pode sim valer a pena)