Laços

Amanhã fará uma semana que eu pensei que faria mais um daqueles programas no qual tu te resume a ser anexo.

E o que é um programa “anexo”? É aquele que a gente é convidado ou deve comparecer por ser acompanhante do real convidado.

Pois bem, meu namorado era convidado de uma missa de formatura. Eu era o anexo. Saí do trabalho, corri pra casa dele, vestido, sapato de salto, maquiagem, cabelo preso e a abóbora se transforma.

Lá fomos nós. Pensei que seria mais um evento. Sem mais. Chego na UNISINOS e eis que ao longo do caminho para a capela, passamos em frente ao anfiteatro. Muitas pessoas arrumadas em torno de tal.


“já ta rolando formatura por aqui?”



Me perguntou meu namorado. Eu respondi negativamente. As formaturas da “Uni” só acontecem em janeiro.

O Fábio passou reto. Eu, como tenho o espírito de jornalista (além de ser estudante de tal), entrei. Eu estava com trajes adequados ninguém me perceberia como estranha.

Qual não é a minha surpresa ao encontrar conhecidos ali. Isso aguçou minha curiosidade. Lembrei em uma fração de segundos que haviam me falado que a formatura de 3º ano do meu antigo colégio. “Não, não deve ser...”

Era.

Que felicidade. Na verdade não pelos formandos. Não me recordava de grande parte deles, eram “os pirralhos do primeiro ano” quando eu me formei. Era assustador ver o quanto haviam evoluído, visto que o mesmo também se aplicaria a mim.

Estava ali, “adulta” vendo eles. Lembro que sentei na fileira frente para o público. Não era possível nem conversar senão sairia no DVD. Lembro do meu vestido preto que na verdade era corpete e saia visto que eu tiraria o longo na hora da festa.

Lembro da musica de turma.

“Não é fácil não,
Com os heróis não vai ter moleza não,
Essa gincana vai
ser pura emoção,
E a gente vai descendo até o chão”
(em ritmo de
“Tranqüilão”)




Lembro da minha musica de formatura

“If God is a DJ, life is a dance floor”



E, tudo isso me fez ficar ansiosa. Eu queria muito abraçar aos meus professores. Consegui ver os mais importantes.

Prof Milton (vulgo Mosquito) que foi nosso conselheiro do 3º ano e que foi mais que professor de biologia. Foi pai de ensinamentos pra vida.

E professora Ieda. Professora de Português. Não era a preferida da maioria como o Mosquito sempre foi. Agora para mim teve seu grau de importância. Foi ela que me encheu de notas baixas por saber que eu era capaz de mais. Hoje estou explorando meu dom e transformando-o em profissão graças a o esforço dela.

Ao abraçar o “Sor” desabei. Foi uma chuva de lembranças. O Fábio veio pra casa sem entender o porque eu chorava tanto. Não compreendia o que é chorar de felicidade. Talvez de fora seja difícil mesmo. Só quem estabelece laços entende.

10 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

Feliz Natal! Beijos

Camila disse...

NUm gosto de ser anexo, não! Porem as vezes é divertido, desde que a pessoa que estou acompanhando me faça sentir bem!

Querida, um ótimo e feliz Natal pra ti! Tudo de melhor.

Beijos

Maria disse...

É verdade...só quem já foi cativado sabe o que significa criar laços ^^

Feliz natal, Gaby!

Beijooooos =******

AugustoMaio disse...

Era - agora - só mesmo em razão desta realidade que por aí anda. Ou seja, desejo-lhe um Natal a seu gosto. Talvez bom, muito bom...

Maldito disse...

Putz! Que história,..parece até um episódio de seriado americano!
rsrs

Bjs

Tassi disse...

Laços são vínculos que criamos por toda a vida. Que independente dos rumos que a vida trilhar, estarão sempre conosco. Uma das poucas lembranças verdadeiras que se pode ter referente a pessoas importantes e de consideração.
Também senti iso estes dias. É inenarrável!


Bom estar de volta.
estava saudosa daqui! =D

Camila disse...

quee lindinhu seu post,
feliz nataal atrasado!!

Foi uma chuva de lembranças
éeh foi mesmoo,


bejoos

larissa disse...

Ah, que fofo! Me deu saudade de alguns profes também! Sempre tive carinho especial por professores!
beijos! L.

Fabi disse...

de volta ao túnel do tempo, até que ser anexo nesse caso valeu a pena..

bjs

Anônimo disse...

Legal essa história!Acontece cada coisa com a gente né?
gosto das suas histórias contadas da maneira mais real e simples e toca quem lê...por que as vezes a gente se indentifica sei lá...
Bjocas e felicidades sempre!