Rastro

Receber salário é sinônimo de pagar contas. Comigo obviamente não seria diferente. Esses dias eu estava na fila das lojas Renner, pronta para dar o meu mísero dinheiro de muitas horas de trabalho.

Uma mulher me chamou atenção. Loira, nem muito magra e nem ao contrário. Não foi beleza ou feiúra que me fizeram reparar nela. Foi a tal sensação de “esse rosto não me é estranho”.

Revirei as feições da faculdade, da balada, do estágio e não localizei. Tinha certeza, porém, que conhecia. Remeti a imaginação até a infância. Lá no princípio também não encontrei. Vagava lá pelos meus 12 anos quando me veio a luz.

BRUNA!

Como eu não tinha identificado antes? Era ela! A Bruna. Éramos inseparáveis. Um trio! Todo o final de semana uma na casa da outra fazendo festinhas, comendo muita pizza, muito chocolate. Olhando filmes, falando bobagem.

Éramos um trio muito unido. Não tinha como passar por uma sem levar as outras duas. Éramos inseparáveis.

Enquanto a fila andava, lembrava de bons momentos. Não recordava o porque havíamos nos separado. O fato é que estávamos ali. Separadas por duas pessoas. Não sei se me viu. E se viu, será que reconheceu? Acho que não.

Como é que pode as pessoas trilharem juntas um período da vida e depois mal de identificarem em meio a multidão. E o pior é que isso acontece com mais freqüência que imaginamos.

Pensei em chamar, gritar Bruna! Dizer quem eu era. Ela lembraria!Quem sabe até tomaríamos um café. A vez dela chegou, recuei. Pagou os carnês e foi embora. Levando junto rastros de uma época feliz da minha vida.

11 comentários:

. disse...

a meninee :/
você deveria ter ido lá falar com ela :/
mas as vezes era pra guardar a epoca na memoria, o importante é que ficou a saudades e recordação desse tempo bom :')

beijinhos ;*

Fabi disse...

Ah eu teria chamado... com certeza!

Anônimo disse...

Ai que coisa legal!
Sério,isso é muito legal,esse seu texto eu achei o máximo!POrque você descreveu exatamente como a gente se sente numa situação dessas!Amei.
Bjs
ps: Legal seria ela ter um blog,ter tido a mesma sensação que tu e ter escrito sobre isso!

Yaas disse...

é exatamente isso que da medo de acontecer no futuro. Você pode fazer de tudo para impedir que o tempo tire de você as memórias, mais não pode fazer nada para impedir que os outros esqueçam D:
adorei o post.
mais acho que vc deveria ter ido falar com ela /:
beijos :*

Maria disse...

Nossa, Gabi. Viajei lembrando todas as vezes que isso já aconteceu comigo. Olhe, vou escrever sobre isso também.

Mas a propósito, que coisa triste, né? Pessoas antes INDISPENSÁVEIS hj simples (des)conhecidos. É a vida. Embora não precisasse ser assim...

Beijos

M. disse...

Infelzimente há amizades que com o tempo se vão perdendo mas a vida é mesmo assim, ficam os bons momentos :)

Beijinhos e bom fim de semana***

Anônimo disse...

Eu sempre achei que as amizades têm tempo de duração. É meio babaca dizer, mas não deixa de ser verdade. Às vezes um reencontro é legal, outras, nem tanto, porque nem sempre nossas boas memórias são também as boas memorias dos que conviveram conosco (uma vez encontrei no orkut uma menina de quem fui muito amiga na quinta série... e ela nem se lembrava de mim!). Preferir guardar os bons momentos sem arriscar repetí-los é uma escolha. Boa? Ruim? Não sei... apenas uma escolha!

AugustoMaio disse...

Obrigado pela visita às fotos e pelos (imerecidos) elogios. Aproveito para "votar" um Belo Natal a este interessante Blog.

Anônimo disse...

Tenho um presente pra vc no meu blog!Aparece pra pegar!
felicidades hoje e sempre!

றιkąeℓℓy Rocha disse...

É siiim tem coisa melhor q terminar um ano e começar APAIXONADA???

Bjoos

Feliz Natal e um Própero Ano Novo...

Mika

Vanessa Reis disse...

Não adianta! Eu não me acostumo com essas coisas. Aceito que aconteçam, mas não me acostumo de jeito nenhum!!! E isso acontece sempre, com todo mundo, toda hora...