A arte, e seu ônus.

Já dizia o poeta que namorar é uma arte. Arriscaria-me a dizer que é uma das mais loucas artes que eu conheço, mais até que determinadas obras apresentadas na Bienal.

É uma arte chegar do trabalho em sexta feira e pensar o que fazer pro namorado jantar, se arrumar toda ao invés de colocar pijama e pantufas. É uma GRANDE arte driblar a TPM, o ciúmes, a engraçadinha do orkut, o amigo solteiro, a voz estranha, o telefone ocupado ou desligado.

Mas sabe por que o namoro pode ser considerado uma arte? Porque apesar de tudo é bonito. É bonito ser abraçado com carinho ao invés de ser agarrada, beijar por gostar e não pra abrir o contador, andar de mãos dadas, fazer nada... Namorar é uma das artes mais bonitas que eu conheço.

Seguindo a linha de raciocínio do poeta, se namorar é arte, acabar faz parte. A história começa com a gente pensando duas coisas: ou que o namoro não vai render muito tempo, ou que finalmente encontrou o famoso personagem de contos de fadas. Geralmente quando passamos da primeira fase e começamos a pensar a segunda, o conto acaba.

Sei que estou sendo levemente extremista e que isso é pecado mortal para quem escreve. Mas comigo o conto sempre acaba no melhor da história.

E daí, começo a me sentir mal por discordar da bonitona da Fergie. Afinal de contas eu sou uma “Big Girl” e mesmo assim “I cry”. E então começo a me odiar porque chorar me traz dor de cabeça.

O único ser por quem eu sinto ódio é por mim mesma. Talvez seja pelo fato que eu não consiga odiar de verdade ninguém, e acabo descontando por aqui mesmo. Mais um motivo para odiar-se, afinal ex-namorado merece ódio, e eu não consigo sentir ou tão pouco brigar.

Meu terceiro motivo de ódio é por não ser adepta a nenhum tipo de entorpecente. Afinal eles seriam ótimos para a minha dor de cabeça E para me fazer dormir. Se eu não tivesse com cefaléia estaria escrevendo algo decente ao invés “disso”. Ou se sentisse sono não escreveria.

E por fim eu odeio mais que tudo o rímel que me juraram ser à prova d’água. Pior que chorar é olhar-se no espelho após o ato.

Ta, não quero terminar de um jeito mal-humorado então farei um salve ao Moura Brasil que me ajudou a disfarçar os olhos vermelhos quando jurei pra mim mesma que era forte.


*Obrigada Deus por não fazer do homem um alguém interessado na leitura de Blog’s pessoais. Seria um saco ter que voltar a escrever diário. (e pensar em um bom lugar para escondê-lo).

1 comentários:

Unknown disse...

congratulações.
talento aqui não faz ressalva. é nato.